em vídeo para divulgar concurso de arte e que gerou polêmica nos últimos dias, Roberto Alvim, o agora ex-secretário da Cultura do (des)governo Bolsonaro, parafraseou trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista e ser humano muito bondoso que cometeu suicídio com sua esposa depois de matarem seus seis filhos com veneno. a música utilizada no vídeo de Alvim é a ópera Lohengrin, de Richard Wagner, que era admirado por Hitler.
"A arte brasileira será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada", disse Alvim no vídeo. as frases de Alvim foram comparadas a um discurso de Goebbels reproduzido no livro Goebbels: a Biography, de Peter Longerich: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada". posteriormente, depois de saber da repercussão negativa sobre o vídeo, Alvim cinicamente disse se tratar de uma "coincidência retórica".
nota divulgada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) sobre o vídeo de Alvim: "Emular a visão do ministro da Propaganda nazista de Hitler, Joseph Goebbels, é um sinal assustador da sua visão de cultura, que deve ser combatida e contida. Goebbels foi um dos principais líderes do regime nazista, que empregou a propaganda e a cultura para deturpar corações e mentes dos alemães e dos aliados nazistas a ponto de cometerem o Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus na Europa, entre tantas outras vítimas. O Brasil, que enviou bravos soldados para combater o nazismo em solo europeu, não merece isso. Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a cultura do nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente."
através de um post em seu perfil no Facebook, Bolsonaro anunciou o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. "um pronunciamento infeliz" de Alvim, escreveu Bolsonaro, o presidente conhecido por tantos "pronunciamentos infelizes" e que, obviamente, demitiu Alvim apenas por causa da pressão e repercussão negativa sobre o caso. ou alguém pensa que Bolsonaro realmente discorda do posicionamento de Roberto Alvim? convém sempre lembrar (e eu lembrarei sempre e principalmente enquanto Bolsonaro estiver na presidência do país) que:
- na Alemanha de Hitler, uma das frases mais repetidas era "Deutschland über alles", que quer dizer "Alemanha acima de tudo". o slogan da campanha de Bolsonaro foi: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos", frases que ele constantemente segue dizendo. uma mera coincidência apenas? além disso, através da frase "Deus acima de todos" é possível fazer uma conexão com o discurso feito por Bolsonaro dois anos antes de se tornar presidente e que evidencia sua sanha ditatorial: "Somos um país cristão, não existe essa historinha de Estado laico, não. É um Estado cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias, as minorias têm que se curvar para as maiorias. As minorias que se adequem ou desapareçam", ou seja, não podem ter vez e voz os brasileiros ateus, agnósticos, umbandistas, budistas e tantos outros em um país (de grande diversidade de etnias, culturas, religiões, vozes) governado por alguém como Bolsonaro, que nunca foi e nem nunca será uma voz minimamente conciliadora entre tantas vozes.
- depois daquela famosa entrevista que Bolsonaro deu ao programa CQC e que, na época, em 2011, gerou muita polêmica, neonazistas organizaram um ato de defesa a ele, no MASP, em São Paulo. Bolsonaro não esteve presente, mas apoiou a manifestação. dois anos antes dessa manifestação, alguns desses neonazistas haviam participado de um atentado à bomba em uma Parada LGBT, em São Paulo, quando 40 pessoas ficaram feridas.
- na votação do impeachment de Dilma Rousseff, aquele circo de horrores e de hipocrisias, Bolsonaro parabenizou Eduardo Cunha e homenageou o coronel Brilhante Ustra, o líder das torturas na ditadura militar, "o pavor de Dilma Rousseff", como disse Bolsonaro em seu discurso. Bolsonaro exaltou Brilhante Ustra em outras ocasiões, inclusive durante entrevista no programa Roda Vida ao citar como seu "livro de cabeceira" um livro escrito por Brilhante Ustra. além de Brilhante Ustra, Bolsonaro já exaltou, em outras diversas ocasiões, inclusive mais recentemente, gente como o ditador chileno Pinochet, o ditador peruano Fujimori e o ditador paraguaio Stroessner, o pedófilo, responsáveis pelas mortes de milhares de pessoas, ou seja, Bolsonaro desliga de seu governo, apenas por pressão externa, um simpatizante nazista declarado, mas desde muito tempo tem seus ditadores de estimação - da mesma forma que ainda há muitos que admiram, por exemplo, Stalin (51 % dos russos, segundo uma pesquisa recente, além de tantas outras pessoas em vários outros lugares do mundo), Mao Tsé-Tung e vários outros, afinal há sempre em cada lado gente que, de modo seletivo, prefere ignorar atrocidades específicas que ocorreram e que ainda ocorrem no mundo.
Bolsonaro convidou a atriz Regina Duarte para assumir a liderança da Secretaria da Cultura. Regina Duarte, que compartilhou mensagem no Instagram para falar sobre o encontro entre os dois, chamou Bolsonaro de "homem santo" (agora é necessário rir por escrito: rsrsrsrsrs!). independente de quais serão as próximas cenas dessa novela, ou desse filme tragicômico, na verdade, vale a pena ver de novo algumas das cenas mais marcantes da vida real de Regina Duarte (fazer como a Dilma e saudar a mandioca? que nada! admirável mesmo é fazer uma dancinha "para saudar a vida", como diz o próprio título do vídeo, no castelo de Caras, símbolo da burguesia mais cafona que há), divirtam-se:
nota divulgada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) sobre o vídeo de Alvim: "Emular a visão do ministro da Propaganda nazista de Hitler, Joseph Goebbels, é um sinal assustador da sua visão de cultura, que deve ser combatida e contida. Goebbels foi um dos principais líderes do regime nazista, que empregou a propaganda e a cultura para deturpar corações e mentes dos alemães e dos aliados nazistas a ponto de cometerem o Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus na Europa, entre tantas outras vítimas. O Brasil, que enviou bravos soldados para combater o nazismo em solo europeu, não merece isso. Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a cultura do nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente."
através de um post em seu perfil no Facebook, Bolsonaro anunciou o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. "um pronunciamento infeliz" de Alvim, escreveu Bolsonaro, o presidente conhecido por tantos "pronunciamentos infelizes" e que, obviamente, demitiu Alvim apenas por causa da pressão e repercussão negativa sobre o caso. ou alguém pensa que Bolsonaro realmente discorda do posicionamento de Roberto Alvim? convém sempre lembrar (e eu lembrarei sempre e principalmente enquanto Bolsonaro estiver na presidência do país) que:
- na Alemanha de Hitler, uma das frases mais repetidas era "Deutschland über alles", que quer dizer "Alemanha acima de tudo". o slogan da campanha de Bolsonaro foi: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos", frases que ele constantemente segue dizendo. uma mera coincidência apenas? além disso, através da frase "Deus acima de todos" é possível fazer uma conexão com o discurso feito por Bolsonaro dois anos antes de se tornar presidente e que evidencia sua sanha ditatorial: "Somos um país cristão, não existe essa historinha de Estado laico, não. É um Estado cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias, as minorias têm que se curvar para as maiorias. As minorias que se adequem ou desapareçam", ou seja, não podem ter vez e voz os brasileiros ateus, agnósticos, umbandistas, budistas e tantos outros em um país (de grande diversidade de etnias, culturas, religiões, vozes) governado por alguém como Bolsonaro, que nunca foi e nem nunca será uma voz minimamente conciliadora entre tantas vozes.
- depois daquela famosa entrevista que Bolsonaro deu ao programa CQC e que, na época, em 2011, gerou muita polêmica, neonazistas organizaram um ato de defesa a ele, no MASP, em São Paulo. Bolsonaro não esteve presente, mas apoiou a manifestação. dois anos antes dessa manifestação, alguns desses neonazistas haviam participado de um atentado à bomba em uma Parada LGBT, em São Paulo, quando 40 pessoas ficaram feridas.
- na votação do impeachment de Dilma Rousseff, aquele circo de horrores e de hipocrisias, Bolsonaro parabenizou Eduardo Cunha e homenageou o coronel Brilhante Ustra, o líder das torturas na ditadura militar, "o pavor de Dilma Rousseff", como disse Bolsonaro em seu discurso. Bolsonaro exaltou Brilhante Ustra em outras ocasiões, inclusive durante entrevista no programa Roda Vida ao citar como seu "livro de cabeceira" um livro escrito por Brilhante Ustra. além de Brilhante Ustra, Bolsonaro já exaltou, em outras diversas ocasiões, inclusive mais recentemente, gente como o ditador chileno Pinochet, o ditador peruano Fujimori e o ditador paraguaio Stroessner, o pedófilo, responsáveis pelas mortes de milhares de pessoas, ou seja, Bolsonaro desliga de seu governo, apenas por pressão externa, um simpatizante nazista declarado, mas desde muito tempo tem seus ditadores de estimação - da mesma forma que ainda há muitos que admiram, por exemplo, Stalin (51 % dos russos, segundo uma pesquisa recente, além de tantas outras pessoas em vários outros lugares do mundo), Mao Tsé-Tung e vários outros, afinal há sempre em cada lado gente que, de modo seletivo, prefere ignorar atrocidades específicas que ocorreram e que ainda ocorrem no mundo.
Bolsonaro convidou a atriz Regina Duarte para assumir a liderança da Secretaria da Cultura. Regina Duarte, que compartilhou mensagem no Instagram para falar sobre o encontro entre os dois, chamou Bolsonaro de "homem santo" (agora é necessário rir por escrito: rsrsrsrsrs!). independente de quais serão as próximas cenas dessa novela, ou desse filme tragicômico, na verdade, vale a pena ver de novo algumas das cenas mais marcantes da vida real de Regina Duarte (fazer como a Dilma e saudar a mandioca? que nada! admirável mesmo é fazer uma dancinha "para saudar a vida", como diz o próprio título do vídeo, no castelo de Caras, símbolo da burguesia mais cafona que há), divirtam-se: