17 de fevereiro de 2020

redes sociais, selfies e os tempos de kardashianização

(Mona Lisa Kardashian)


embora não haja consenso sobre o impacto das redes sociais em nossas vidas e comportamentos, alguns estudos realizados por diferentes universidades do mundo concluíram, ao longo dos últimos anos, que se manter distante das redes sociais reduz sentimentos negativos e melhora nosso bem-estar. muito já foi escrito sobre a inveja, por exemplo, que uns acabam sentindo de outros, mas até hoje nunca vi alguma pesquisa ou usuário de alguma das redes sociais comentar sobre a inveja que muitas pessoas acabam sentindo até de si mesmas, inclusive, e porque provavelmente muitas das pessoas sentem, mas nem se dão conta. 

tive apenas duas breves experiências com as redes sociais: a primeira foi com o extinto Orkut, muitos anos atrás, durante alguns poucos meses, e a segunda foi, algum tempo depois (por teimosia), com o Facebook, onde mantive um perfil por apenas poucos meses também, criado em 2010, ou seja, dez anos atrás. de lá para cá, em nenhum momento pensei em voltar a fazer parte de alguma rede social, manter distância desse universo foi uma decisão definitiva.

reconheço as vantagens que as redes sociais podem nos proporcionar: reencontrar pessoas do passado que, de algum modo, foram especiais nas nossas vidas e, por que não?, podem se tornar especiais de um novo modo no presente, conhecer novas pessoas, ainda que, na maioria dos casos, isso aconteça muito superficialmente, compartilhar e absorver ideias (as que possam acrescentar algo no mínimo interessante em nossas vidas), divulgar o próprio trabalho, etc. são muitas as vantagens, mas, na minha percepção, são bem maiores as desvantagens, porque o que há de negativo se torna, cedo ou tarde, mais gritante. 

não podemos generalizar, afinal as generalizações são sempre ignorantes e é certo que há pessoas que utilizam as redes sociais de forma benéfica ou sensata, porque essas não estão lá somente para nutrir a flor do próprio umbigo, mas a maioria muitas vezes se mostra, ou se revela, na verdade, da pior maneira possível e, o que é ainda pior, parece não perceber.

porém, não são apenas os outros que, através de suas vidas editadas em fotografias de si mesmos, agem como se tivessem uma vida aparentemente perfeita. nós mesmos, também, muitas vezes acabamos agindo dessa forma, como se entrássemos em um redemoinho de autossabotagem que não é aquele onde apenas deixamos de fazer coisas produtivas por nós mesmos, mas onde, na verdade, passamos a fazer tudo em troca da aprovação alheia, como se a nossa vida se tornasse uma novela para uma plateia virtual onde os espectadores diariamente nos aplaudem e nos "curtem" apenas porque esperam, na maioria das vezes, ser aplaudidos e curtidos em suas novelas também - e ingênuas são as pessoas que pensam que esses outros se importam realmente com a vida delas.

é fato que, de um modo ou de outro, representamos certos tipos de papéis sociais, nas redes e na vida fora delas, mas também é fato que através das redes sociais é bem mais simples para qualquer pessoa aparentar ser o que quiser e, dessa forma, o risco de acabar sentindo inveja até de si mesma, ainda que sem se dar conta, é grande:

olhamos para as nossas próprias fotografias postadas nas redes sociais e pensamos: eu gostaria de ser exatamente como eu estou fazendo de conta que sou ali para todas as outras pessoas verem, eu gostaria de me olhar no espelho, quando estou longe das plateias virtuais, e enxergar exatamente a mesma imagem que compartilho nas fotografias com filtro, photoshop ou escondendo os detalhes do meu rosto e corpo que eu julgo serem defeitos, eu gostaria de ser sempre tão feliz quanto as pessoas devem achar que sou através das imagens que compartilho, do meu rosto sorridente nos lugares por onde passo, etc.

hoje em dia, se formos aos lugares mais bonitos do mundo (ou em qualquer lugar), provavelmente veremos pessoas fazendo registros fotográficos... de si mesmas. não basta mais vivermos simplesmente, do modo que quisermos, seja lá como for, não basta mais existirmos, agora é preciso provar diariamente que existimos, as fotografias de nós mesmos dão para os outros a autenticação, ainda que ilusória, de que somos sempre produtivos, sempre felizes (a tal "positividade tóxica"), saudáveis - e ao mesmo tempo sem enxergar que desenvolver um vício em se exibir diariamente em uma rede social, tornando-se escravo(a) da aprovação alheia, pode ser algo tão nocivo para a própria mente quanto usar constantemente qualquer tipo de droga lícita ou ilícita.

não vejo, sinceramente, muita diferença entre uma pessoa que constantemente se embriaga com alguma bebiba alcoólica até o ponto de começar a ser estúpida sem se dar conta, por exemplo, e uma pessoa que usa uma rede social demonstrando estar viciada em mendigar atenção e massagem no ego diariamente. na verdade, essa pessoa, em um caso assim, não está simplesmente usando uma rede social, está também sendo usada por ela.

em um mundo de pessoas com os olhares atualmente tão direcionados para si mesmas, difícil é ver quem consiga registrar, apenas com as retinas ou mesmo com uma câmera fotográfica, somente o que está ao redor, o que existe para além dos nossos umbigos. mas a carência e a necessidade de autoafirmação falam mais alto, por isso o número de "selfies" compartilhadas nas redes sociais costuma ser bem maior do que o número de outros tipos de fotografias. 


algum tempo atrás, Kim Kardashian compartilhou em seu perfil no Instagram uma "selfie" em que ela estava nua (com tarjas nas "partes íntimas") na frente de um espelho (apenas mais uma de suas milhares de "selfies", exatamente como fazem tantas e tantas outras pessoas que diariamente compartilham "selfies" pensando, provavelmente, que seus seguidores vão achar que há muita diferença entre elas). a atriz Bette Midler, que é conhecida pelo seu bom humor, comentou em seu perfil no Twitter:

"Se Kim Kardashian quer que vejamos uma parte dela que nunca vimos, ela vai ter que engolir a câmera."

cada um que se exponha da maneira que quiser, obviamente (cada um oferece, afinal, o que tem para oferecer), mesmo que seja uma exposição em que já não há mais nenhuma novidade para ninguém, mas, como diz o provérbio, quem está na chuva é para se molhar, ou seja, é preciso arcar com as consequências de uma exposição desenfreada, quem não quer ler ou ouvir nenhum tipo de crítica negativa ou ironia, que vá plantar alface na solidão de uma horta e não se expor em uma rede social aberta para o mundo inteiro ver.

quanto a mim, sempre gostei de fotografias, desde quando só era possível fazer registros fotográficos analógicos, desde quando as fotografias serviam apenas como registros para nós mesmos, inclusive tenho uma caixa com muitas fotografias guardadas em álbuns. mas aqui mesmo, neste blog (que eu não sei até quando pretendo manter, mas que mantenho ainda somente por ser um espaço mais específico para a publicação de poemas e outros textos, inclusive de outros autores, para pessoas que eu sei que terão verdadeiro interesse em ler e que não buscam apenas a superficialidade de meia dúzia de palavras como legenda para selfies ou outros tipos de fotografias), de vez em quando compartilho registros fotográficos feitos por mim, da natureza, de bichos, de cenas urbanas, grafites e qualquer coisa que contenha algum significado poético. gosto, também, de algumas selfies que vejo pelos mares da internet, algumas são imagens bonitas, interessantes.

não gosto é quando há apenas o raso discurso do "#goodvibesonly" ou "#shinyhappypeople", até porque quem mostra e espera ver nos outros apenas as luzes, o lado iluminado, geralmente se torna uma pessoa com pouca capacidade empática e, como consequência, ignora a realidade das próprias sombras e das sombras que há ao seu redor, os horrores que acontecem diariamente pelo mundo. ainda pior é quando essa falta de sensibilidade aliada ao vício de ter que estar sempre fotografando tudo, em qualquer momento, em qualquer lugar, faz com que certas pessoas percam a mínima sensatez e acabem agindo como urubus diante da carniça - embora seja uma enorme injustiça, para os urubus, compará-los com essas pessoas.


não é uma novidade o ser humano sentir prazer em observar a vida alheia (inclusive a desgraça alheia) e, principalmente, sentir-se como o centro do Universo, das atenções (desde um princípio antropocêntrico que tem levado à destruição inconsequente do meio ambiente, inclusive). mas agora, com as redes sociais, esse comportamento, de se expor tanto quanto de observar, tornou-se ainda mais simples e apenas mais evidente. eu, inclusive, poderia fazer parte das redes sociais, caso quisesse ampliar o número de leitores dos meus poemas e outros textos, por exemplo, afinal o desejo de me expressar através das palavras escritas é o que há de mais essencial em mim, desde muito tempo antes da existência das redes sociais, mas eu não me meço por números, inclusive opto, mesmo através deste blog, por não manter o espaço destinado aos "seguidores".

redes sociais servem principalmente para quem gosta de se expor e observar a vida alheia diariamente, ou, no mínimo, frequentemente, o que não é o meu caso, pois além de eu não ver sentido e não ter nenhuma necessidade em ficar compartilhando o que quer que seja diariamente, também não tenho o menor interesse em ficar dia após dia vendo o que os outros estão fazendo, pensando, comendo, bebendo, comprando, nem mesmo em relação aos meus amigos, familiares ou conhecidos.

mesmo no blog às vezes passo dias sem entrar ou sem compartilhar algum conteúdo, às vezes semanas. de qualquer modo, penso que se for para se expor, seja lá onde for e independente da frequência, a exposição só faz sentido, para mim, se for para levantar questionamentos, por exemplo, ou provocar possibilidades de tomadas de consciência sobre o mundo, sobre a vida, inclusive e especialmente a vida dos bichos e, principalmente, se for para acrescentar algo de poesia, de mais artístico no mundo. do contrário, se for para ficar apenas nutrindo a flor do umbigo ou como gente mexeriqueira que fica diariamente espiando a vida alheia na janela, não me interessa. mas, como disse anos atrás José Ângelo Gaiarsa, "a fofoca governa o mundo". o ser humano, com as redes sociais, entrou em uma "egotrip" ainda mais estranha, agora querendo justificar, como se houvesse uma conotação positiva, a seguinte velha máxima: falem bem ou falem mal, mas falem de mim.

sobre todos nós, e para todos nós, principalmente para quando estamos, ou estivermos, com nossos egos muito inflados, pensando que somos, para os outros, muito mais importantes e imprescindíveis do que o que realmente somos, dois trechos de um poema de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa):

"(...) De que te serve
o quadro sucessivo
das imagens externas
A que chamamos
o mundo?
A cinematografia
das horas representadas
Por actores de convenções
e poses determinadas,
O circo policromo do nosso
dinamismo sem fim?
De que te serve
o teu mundo interior
que desconheces? (...)

(...) Fazes falta? Ó sombra fútil
chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes
falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti. (...)"


ou, de um modo mais direto, mas não menos poético, uma frase de uma música que ouvi dias atrás: "Ninguém neste mundo é porra nenhuma."

69 comentários:

  1. Até tu, Monalisa! Rsss...
    Volto pra comentar.

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  2. No me gustan las redes sociales, el facebook es un mundo falso donde yo no encajo. Muy interesante texto amigo Ulisses. Saludos desde mi Monterrey hasta donde estas.

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    1. No solo en Facebook, no encajo en ninguna de las redes. Un abrazo, Sandra.

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  3. Texto muito acertado e as redes sociais são boas, mas se não tivermos controle sobre nós, podem nos atrapalhar como qualquer outro vício. Portanto, mais uma vez, equilíbrio é preciso na vida, EM TUDO! abraços, tudo de bom,chica

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    1. São boas para quem gosta e as usa sem ser usado(a) por elas. Obrigado, Chica, abraços.

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  4. Excelente texto.
    Um abraço.

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  5. No tengo redes socialrs salbo el blog si se puede llamar así
    Y edito mis poemas o mi prosa sin necesidad de que mi Ego se sienta elevado
    Escribo lo que soy,lo que siento y me da pena de todas esas personas de las que hablas
    El mundo ya no puede vibir si no es con la aprobaciôn de los demàs?
    Bastante sombrío està ya como para mostrarte como no eres o como quisieras ser
    Besucos

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    1. El escritor George Orwell dijo que los escritores son vanidosos y egocéntricos. Estoy de acuerdo con él, pero la verdad es que todos tienen sus dosis de vanidad y egocentrismo. Las redes sociales ahora existen para probarlo. Cada persona ofrece lo que tiene para ofrecer. Besos, Gó.

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  6. Para mim, uma rede social... é uma rede de pesca! Ou algo que tenha efectivamente um carácter verdadeiramente útil para a sociedade!...
    Eu não tenho a menor das paciências para ter um sorvedouro de tempo... também me basta o blog... que possibilita um contacto mais pessoal, do que qualquer rede com "milhentos amigos" e me dá muito mais prazer... e onde também me recuso a publicar diariamente... como se não houvesse amanhã...
    Achei este texto tão bom, tão bom, tão bom... que nem tenho palavras... pois exprime exactamente o que penso sobre o tema... ficarei com ele debaixo de olho... se não te importares... para qualquer dia desses, tirar um trecho, sobre o tema... com o respectivo link para aqui, quando o destacar por lá no meu canto... e a foto, a juntar... talvez a de uma verdadeira rede social... como a que mencionei no início do meu comentário!... :-))
    Parabéns, por esta brilhante postagem, Ulisses!
    Beijinhos! Boa semana!
    Ana

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    1. Somos dois, Ana, porque eu também não tenho a menor das paciências! Acho melhor até mesmo deitar no chão e olhar para o teto do que ficar diariamente observando a vida alheia através das redes sociais, ou olhar para o céu mesmo, para as nuvens, para o mar... Que bom saber que gostaste tanto assim do texto, fique à vontade! Obrigado por tuas palavras, beijos!

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  7. A "Mona Lisa Kardashian", rsrsrs. Pelo visto ela tem preenchimento nos lábios também! "Kardashianização", não há maneira melhor pra definir esses tempos de redes sociais de tanta superficialidade e egos tão inflados. Acredito que quanto maior o nível de carência, maior é o número de selfies. Muitas vezes pode parecer que é apenas autoestima elevada, mas no fundo existe é muito sentimento de inferioridade, insegurança, por isso essa necessidade toda de autoafirmação. Você escreveu tantas coisas com as quais eu concordo, tantas coisas que eu mesmo sempre observei no tempo em que estive nas redes sociais, que é até difícil escolher quais partes do texto pra comentar. Os trechos do poema do Pessoa e o trecho da música são perfeitos no fim do texto! Abraços.

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    1. Suponho que tenhas gostado da Mona Lisa Kardashian! rs. Ela quer "likes" e "segue todos de volta", não há nem critério. É, Fábio, em muitos casos deve ser bem isso mesmo, uma aparência de autoestima elevada e no fundo o que há é exatamente o contrário, Freud e Fábio explicam! hehe. Abraços!

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    2. Hoje li uma matéria em que a cantora Billie Eilish diz que parou faz algum tempo de ler os comentários de seus posts no Instagram porque isso estava "arruinando" com sua vida. Essa é mais uma das características negativas das redes sociais, as pessoas se sentem no direito de escrever a merda que for, principalmente pra gente mais popular, porque se acham protegidas atrás de uma tela de computador ou telefone, agora com as redes sociais essa gente cheia de ódio, de inveja e de preconceito dentro de si tem a possibilidade de tentar atingir quem quiser com essa arma que tem nas mãos. Pelo menos a Mona Lisa Kardashian é inofensiva! Rsrs.

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  8. Compreendo perfeitamente a tua opinião, aliás sou um tanto ou quanto "viciada" mas tal como acontece com os meus outros vícios (como por exemplo fumar) sei quando atingi o meu limite e páro!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube

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    1. E eu compreendo a tua, Teresa, inclusive porque ainda fumo também, não muito, mas com isso já demonstrando que estou longe de ter uma vida aparentemente perfeita, hehe, além de não servir de bom exemplo em tantos outros aspectos. Beijos.

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  9. Excelente texto adorei ler.
    Concordo consigo quando diz que há pessoas obcecadas de mostrar toda vaidade que têm por fora, porque se mostrassem o que têm por dentro não impressionavam ninguém ...
    Bj

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    1. Que bom saber, Amélia! Essa imagem com a frase que compartilhei não é de minha autoria, eu a vi algum tempo atrás e não sei quem é o autor. Beijo.

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  10. Cada indivíduo tem a liberdade de. usar ou não as redes-sociais.
    Eu escrevo nos blogues o meu quotidiano, uma espécie de diário, evitando publicar sobre a minha vida familiar. Não tenho conta no Facebook & Co. Não público selfies.
    Compreendo a tua opinião, Ulisses, mas a geração dos nossos avós, mesmo sem selfies e redes-sociais não era uma geração melhor.
    Abraço da amiga de longe 💙

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    1. É algo óbvio o fato de que cada um tem a liberdade de usar, ou não, e de usar como quiser, assim como quem não usa tem a liberdade de ter qualquer tipo de percepção sobre esse universo. Não sei exatamente como as pessoas aí na Alemanha e em outros países europeus se relacionam com as redes sociais, selfies, mas aqui no Brasil há gente que faz selfies até em velório, como sei que há gente que se fotografa sorrindo em lugares como os campos de concentração de Auschwitz, por exemplo, inclusive os responsáveis pela administração do lugar recentemente até escreveram, nas próprias redes sociais, mensagens pedindo para que os visitantes tivessem mais respeito. Eu te entendo, mas, no meu caso, o blog não serve como uma espécie de "diário", até porque não publico diariamente, e porque, principalmente, não estou aqui apenas para compartilhar sobre a minha vida, há muito sobre a vida e sobre a arte de diversas outras pessoas, inclusive. Não vivi a geração dos nossos avós, portanto não posso, com verdadeiro conhecimento, comparar com a nossa geração, claro que a geração dos nossos avós foi muito pior em vários aspectos, assim como a nossa geração tem se mostrado extremamente estúpida em tantos outros aspectos. Abraço! ;)

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  11. Ótimo texto, Ulisses! Eu me identifico muito com várias das suas palavras. Mantive minha conta no Facebook por bem mais tempo que você, mas aos poucos fui me afastando até sair de vez, o que me fez muito bem. O nível de toxicidade nas redes sociais muitas vezes é tão alto, que até a positividade também pode se tornar tóxica, é verdade.

    As imagens que você compartilhou são ótimas, representam bem o conteúdo do texto. Quem mostra demais o que tem por fora está mostrando, na verdade, o que tem por dentro também. Beijos.

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    1. "Quem mostra demais o que tem por fora está mostrando, na verdade, o que tem por dentro também." Faz muito sentido, Maria, boa observação a tua, principalmente porque vendo o que há por fora consegue ver o que há por dentro. E sim, muitas vezes até a positividade, principalmente quando muito alardeada, pode ser tóxica. Beijos.

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  12. Jajaajajajaj me encantaaaaaaaaaa.

    Abrazote utópico.-

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    1. Supongo que te gustó la Mona Lisa Kardashian, jejeje. Abrazos, Irma.

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  13. Es cierto que hay una exageración del ego, con la insurgencia de las redes sociales. Lamentablemente los cambios tecnológicos donde tienen que ver las TIC y el internet, nos fueron llevando a su uso banal, porque la misma educación, nunca ofreció herramientas para asumir los cambios desde lo útil, y capaz de desarrollar el pensamiento y la capacidad de decisión, dado que ofrecia un aprendizaje de la lectura, más mecánico que de comprensión. No estamos preparados pare el manejo correcto de las redes, merced a que no tenemos desarrolladas competencias lectores de inferencia, comparación y juicio crítico. Asumo que quienes escribimos, debemos no desdeñar las redes, sino darles un uso para el juicio, la crítica y la creación literaria. Poner esas herramientas, más allá de la maxfactorización, del narcicismo, y las selfies, en favor de la construcción de un ser humano de juicio, reflexivo y capaz de tomar decisiones. ULisses, un buen ensayo, pues como decía, el maestro Galeano, un texto cuando genera discusión, cuestionamiento, vale la pena, y el obligarlo, al lector a escfribir de él, asói estando de acuerdo o no es su valía. Siempre mi aprecio. Carlos

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    1. Hola, Carlos. Las redes sociales pueden ser muy útiles si se usan con sensatez, hay muchas ventajas, como expliqué en el texto, pero también hay una energía muy negativa en este universo desde el principio. La creación de Facebook es un ejemplo. Prefiero mantener mi distancia. Muchas gracias por tu comentario, abrazos.

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  14. Olá Ulisses, excelente texto e reflexão!
    Eu estou no facebook já há muitos anos e confesso que estou um pouco farta, por isso tenho tentado vir mais para este lado, com menos ruído cibernético.
    É muita vaidade, muito preciosismo, todos querem protagonismo e há muita gente que depende das redes sociais para subir a sua auto estima!
    A inveja está grave, um perigo!
    As pessoas esqueceram o que é privacidade.

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    1. Eu não consegui ficar muito tempo por lá, Micaela, logo fui percebendo todos esses aspectos negativos, além de outros tantos, e desativei minha conta. As experiências que tive com as duas redes sociais que citei no texto foram suficientes para eu saber bem como tudo funciona e optar por me manter distante. Abraço.

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  15. As redes sociais são um mundo de falsidade e hipocrisia.
    Abraço

    Kique

    Hoje em Caminhos Percorridos - Bullings...Homem sofre

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    1. O mundo inteiro, mas por lá fica apenas mais evidente. Abraço, Kique.

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  16. Hola Ulisses, tus palabras me recuerdan a la crítica que realiza sobre estas cuestiones modernas tecnológicas, la serie Black Mirror.
    Te la recomiendo, porque va de la mano con lo que publicas en esta entrada.

    Abrazo grande desde este rincón de las redes sociales

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    1. Hola, Frodo. No veo series, aunque sé que hay algunas que son muy interesantes. Algunas personas ya me han hablado muy bien sobre Black Mirror y han dicho que me gustará. Un abrazo grande desde este espacio jurásico que es la blogosfera. Espero que estés bien.

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  17. É o caos dos tempos modernos. O viral em acção!
    Os governos não apostam na saúde mental! Infelizmente a aposta é nos fármacos. Enfim!
    Um texto interessante, cada um que tire as suas próprias conclusões.
    Bom carnaval!
    Abraço

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    1. Sim, cada um que tire as suas próprias conclusões. Quem gosta muito desse tipo de relação com as redes sociais, de um modo mais frequente e menos criterioso, como expus no texto, provavelmente vai discordar de mim, é um direito, uma outra percepção, assim como o que percebo é uma constatação do meu próprio olhar e que me faz optar por não fazer parte especificamente das redes sociais. Abraço.

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  18. Ulisses,
    As redes sociais tem sua utilidade,
    são as pessoas que distorcem o uso das mesma.
    Outro dia vi uma menina de 10 anos
    convencer a mãe de que ela 'precisava'
    de um perfil no instagran. Depois de uma conversa
    entre os pais, resolveram fazer o tal perfil.
    Eu estava presente e constatei que a
    menina não queria um perfil para postar
    e sim para 'ver' o que as outras pessoas
    postam.
    Então é assim...
    Eu gosto de redes passivas como
    os blogs. Onde escrevemos e lemos
    sem preocupação mas com alegria.
    Bjins

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    1. Uma rede social pode ser uma ferramenta muito útil, sim, para o bem e para o mal, tudo depende do propósito, do modo que é utilizada. Beijos.

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  19. Eu sinto que um bog é uma espécie de rede social.
    Criamos uma rede
    Sentimos afinidades
    Revelamos conteúdos
    Sentimos falta de alguns visitantes mais frequentes quando se ausentam
    Temos pena de alguns blogs se encontrarem desativados e não sabermos mais nada dessas pessoas.

    Tem apenas especificidades diferentes.

    Não?

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    1. Claro que há semelhanças entre esses dois "oceanos" da internet, mas enxergar apenas as semelhanças é ver somente superficialmente, e o que expus no texto é sobre as diferenças, que, na minha percepção, são bem maiores. Não sei que tipos de blogs costumas visitar, mas, para mim, manter ou visitar um blog tem um outro significado: é, antes de tudo, uma espécie de resistência, afinal com metade das pessoas do mundo hoje em dia preferindo se relacionar apenas superficialmente através das redes sociais, então os que ainda fazem parte desse universo jurássico dos blogs acabam sendo quase como dinossauros que ainda não foram extintos. Além disso, não vejo, nos blogs que costumo visitar, as pessoas se comportarem como a maioria se comporta nas redes sociais, em geral nos blogs os propósitos são outros. Não mantenho e nem visito um blog para simplesmente manter um vínculo mais pessoal com outras pessoas, isso eu faço através do telefone ou do e-mail, por exemplo, que é outro tipo de resistência, afinal hoje em dia as pessoas (não todas) parecem não saber mais manter algum contato se não for apenas através de espaços onde existem plateias, inclusive há muitas pessoas que conheço e com as quais não mantenho mais contato pelo fato de eu não fazer parte das redes sociais, mas se meu contato com uma pessoa depender de eu precisar ter uma conta em uma rede social, então eu não preciso desse contato. Redes sociais são, na minha percepção, mais como um imenso açougue de carnes humanas ou como um "drive-thru", as pessoas têm muitas opções, mas vão com a mesma pressa de consumir. Tanto as redes sociais quanto os blogs podem ser muito úteis, para o bem e para o mal, então depende de como vão utilizá-las!

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    2. Sim, os blogs são diferentes.
      Mas são uma rede social - a da resistência se quiseres! :)
      Com mais conteúdo.
      Onde as ideias, o pensamento, a criação, as opiniões se sobrepõem à exibição de uma vida que se quer prefeita.
      Isso é o que mais me preocupa nas redes sociais. São muitas vezes uma feira de vaidades que mostram uma pequena parcele (sempre a feliz) da vida das pessoas.
      Tenho a sorte de ter amigos que publicam outras coisas - artigos, exposições, lançamentos de livros, etc...
      Mas não sei usar a maioria das redes sociais. Tenho o FB e chega-me!

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    3. Sim, claro que os blogs são, também, uma espécie de rede social. Mas, se for para seguir essa lógica, então devemos lembrar que há muito tempo, na verdade, existem redes sociais, afinal qualquer espaço onde há uma reunião de pessoas que estão se comunicando é uma espécie de rede social, uma sala de espera em um hospital, um grupo de pessoas em uma igreja, etc. Mas no texto eu me refiro especificamente ao que hoje em dia é denominado como "rede social" no mundo digital, o Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, etc. E claro que há nas redes sociais muitas pessoas que compartilham conteúdos interessantes, que acrescentam algo de bom na vida das outras pessoas, enfim, que usam essas específicas redes de um modo benéfico, mas há também muita estupidez, muita energia tóxica, muita falsidade, muita atuação, muita superficialidade, como há em muitos outros lugares do mundo, é que por lá tudo se torna apenas mais evidente!

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  20. Ulisses, olha eu acho ABERRANTE as pessoas postarem fotos de outras ou de si mesmas em hospitais, antes e depois da cirurgia. Eu acho uma invasão de privacidade sem fim. O que as pessoas estão querendo mostrar com isso?

    Tb não entendo essa propaganda de boas obras fake . A pessoa vai fazer o bem "sem olhar a quem" mas coloca no face pra receber "selo de garantia", entende? O próprio Jesus Cristo disse que quando tu for fazer algo, não deixa tua não direita saber o que a tua esquerda fez, pq o ego gosta demais cara, de se gabar das pequenas coisas.

    Eu tenho conta no face e no insta, mas confesso, é sim um pão e circo moderno, o que não deixa de ser um Coliseu social para muitos ali.

    Arrasou nas colocações, viu?

    Lola
    www.lolahurricane.blogspot.com

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    1. Lola, se tens conta no Facebook e no Instagram, então com certeza tens ainda muito mais "conhecimento de causa" do que eu. Sim, há pessoas que perderam o mínimo de sensatez, fazem registros (fotos ou vídeos) nas situações mais absurdas. Lembrei agora, por exemplo, daquela mulher que uns anos atrás gravou um vídeo de si mesma, de seu rosto, enquanto ao fundo aparecia o corpo daquele cantor sertanejo (que morreu em um acidente de carro) sendo preparado para o velório, ela era uma funcionária do lugar e compartilhou o vídeo no WhatsApp. Além dela, as pessoas que já no próprio local do acidente fizeram registros do corpo do cantor no chão. Esse caso é apenas um exemplo, mas são muitos, milhares, os exemplos, casos que acontecem diariamente. Aqui mesmo, na minha cidade, um conhecido meu foi assassinado um tempo atrás e a imagem do corpo foi sendo compartilhada, eu não recebi porque nem WhatsApp eu tenho, mas gente da minha família recebeu. Enfim, hoje em dia a estupidez é tão grande que até mesmo a morte está sendo ainda mais banalizada, uma pessoa morta, principalmente se for em local público, pode acabar virando "exposição" através das telas dos telefones ou computadores.

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  21. Pienso que hay que utilizarlas con control y sentido común.
    Parece que a ciertas personas se les va de las manos y piensan que hacernos partícipes de su vida (segundo a segundo) es algo que necesitamos con urgencia... y nada más lejos de la realidad.
    Cuando alguien se luce tanto que llega a aburrir... yo siempre me pregunto ¿como será en la realidad? ¿qué es lo que le faltará? Algo le sobrará... además de ego.
    Recuerdo cuando antes no había redes sociales... y me ponía a imaginar cómo sería esa persona que me gustaba...y eso hacía que fuese mucho más interesante que la triste (ahora) realidad.
    Un abrazo.

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    1. Ahora el comportamiento humano solo es más evidente a través de las redes sociales, para bien y para mal. Hay personas que dicen que las redes sociales corrompen a las personas, creo que las redes sociales solo muestran cómo a las personas les gusta ser vistas, son vidas editadas. Un abrazo, Laura.

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  22. Muito correto.
    Não só as redes sociais, mas toda a tecnologia, nos rouba tempo e emoções.
    Fantástico

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    1. A tecnologia nos proporciona diversos e enormes benefícios, na cultura, na medicina, etc. Nós precisamos é saber dosar esses benefícios. Abraço.

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  23. As redes sociais são o que fazemos delas.
    Eu não gosto, tenho o FB em hibernação e nada mais. Mas respeito o gosto de quem se mostra até à exaustão...
    Gostei da sua crónica, é uma excelente abordagem ao tema.
    Caro Ulisses, um bom fim de semana.
    Abraço.

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    1. Exatamente, Jaime, as redes sociais são o que fazem delas. Eu também respeito o gosto de quem gosta, mas também não gosto. Obrigado, um abraço.

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  24. Infelizmente há pessoas, que coitadas, se acham a última bolacha do pacote.
    Aqui em Portugal, quem faz uma telenovela vira vedeta.
    Tenho Facebook e não me faz falta nenhuma, só lá divulgo os conteúdos do blog.
    Mas, não me considero melhor que ninguém, uma vez que gosto de lá ir cuscar.
    Abraço

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    1. "... se acham a última bolacha do pacote", isso me fez pensar em uma gíria que eu sei que usam nas redes sociais quando querem falar sobre uma pessoa que faz de tudo para ganhar atenção e constantemente quer elogios: "biscoiteiro/a". "fulano/a tá querendo biscoito". Um biscoitinho de vez em quando é bom e todo mundo gosta, inclusive eu, tu, todos nós, todos nas redes sociais, nos blogs, em qualquer lugar, afinal se nunca quiséssemos atenção, estaríamos plantando alface na solidão de uma horta e não nos expondo na internet, mas há pessoas que parecem querer diariamente o pacote de biscoito inteiro para elas, e para essas eu não tenho a menor das paciências. Eu também não me considero melhor do que ninguém, inclusive penso que quem gosta de aparentar ter uma vida perfeita, o que não é o meu caso, é que geralmente se considera melhor do que os outros, ou faz de conta que se considera para esconder as inseguranças. Sou como diz o lema da Salgueiro, a escola de samba do Rio de Janeiro (cito Salgueiro, já que estamos no período do Carnaval): "Nem melhor, nem pior, apenas diferente". Um abraço.

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  25. No estoy muy apegada a las redes sociales, con mantener el blog, tengo bastante.

    Besos

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    1. Sí, hay suficiente para ver y absorber a través de los blogs. Besos.

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  26. Sim É como a série de televisão "o irmão mais velho". Está tudo lá. Tudo na rede. O que fazemos, aonde vamos, o que comemos. Não uso tweets porque não estou interessado. São apenas brigas e discussões na mídia. Se eu usar o Facebook, Instagram, Blogger e watsapp. Eu gosto se você enviar fotos de viagem, momentos. Mais do que tudo, para mantê-los na memória. Porque nem tudo entra na memória do telefone. E se meu computador quebrar algum dia. Eu sei que os tenho em outro lugar. Depois, li algumas notícias. O que meus contatos publicam. Nem estou o tempo todo envolvido. Somente quando eu não tenho que fazer. O blog do dia em que não consigo pensar em mais nada para enviar deixo. Às vezes penso. Se isso não foi feito intencionalmente. Para nos idiota. Porque agora você vai de ônibus, trem, parque e todos estão olhando para o seu dispositivo. Trancado em seu mundo. Parecemos ratos de laboratório. Estamos tão acostumados com esses novos tempos virtuais que não sei mais como seria voltar aos tempos de cartas em papel, telefonemas. Tire apenas as fotos do rolo, aguarde para revelá-lo ao papel. Mostre-os manualmente aos seres mais confiáveis. Ouça a quantidade de músicas que entram no CD. E não a quantidade ilimitada de música que podemos ouvir agora.
    Eu te envio um abraço e tenha um bom feriado de carnaval

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    1. Gustavo, gracias por tu buena intención, pero no necesitas traducir al portugués, puedes escribir en español, lo entiendo bien. Las cartas en papel son cosas jurásicas que escribiría si este hábito aún existiera, porque siempre me gustó mucho. Los blogs también son jurásicos, somos como dinosaurios que aún no se han extinguido. Somos una especie de resistencia. Reconozco la importancia de la tecnología, pero en ciertos aspectos insisto en no adaptarme, es una elección. Un abrazo.

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  27. Redes sociais e até mesmo os blogs, no meu ponto de vista, são excelentes para a gente exercitar a psicologia dos relacionamentos. E até pra gente se conhecer melhor, eu diria!
    O que desanima são as,pessoas mentirosas, falsas, exibicionistas, pretenciosas,arrogantes, egocêntricas e por aí vai...
    Participo de algumas redes sociais, com moderação, mas foi difícil chegar a esse estado de moderação...no FB eu participo de um grupo chamado Gigantes da Literatura, onde trocamos ideias sobre o assunto do grupo. Agora foi proposta e aprovada a criação de um grupo no wats app com o objetivo de lermos um livro que é escolhido entre cinco títulos, por votação dos participantes. Neste mes estamos lendo Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago, e a partir do dia 03 de março vamos discutir sobre...
    A internet é uma nova realidade, uma faca de dois gumes, podendo ser usada pro bem ou para o mal. .Acho que o mal está vencendo, infelizmente!
    Um bom feriado de carnaval, Ulisses!

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    1. São muitas as vantagens, as redes sociais e os blogs podem ser utilizados de muitas formas benéficas, tudo depende das nossas intenções, mas há, sim, muita gente mal-intencionada, que muitas vezes acaba agindo de forma estúpida, ou sendo indireta (algo bem comum nas redes), ou, ainda pior, destilando ódios, venenos, ou fingimentos, enfim, há muita hipocrisia, como em qualquer outro lugar, mas nas redes é mais evidente porque elas são muito mais abrangentes, é mais simples para alguém lançar, caso queira (e muitos querem), qualquer tipo de negatividade para o mundo, para as outras pessoas. Reconheço, sim, é claro, as muitas vantagens, o lado bom, mas prefiro me manter distante especificamente das redes sociais. Obrigado, Sandra, um abraço.

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  28. Absortos en lo inmediato, dejamos pasar el presente, que es lo único que tenemos, consumiéndolo en banalidades cada vez más vacías.
    Y nos dicen que debemos sentirnos bien por ello.

    Saludos,

    J.

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    1. Me siento bien porque estoy lejos de toda esta banalidad cada vez más vacía, prefiero otros tipos de contactos y aproximaciones con las personas, no me sirven solo como carne de carniceros. Saludos, José.

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  29. Caro Ulisses

    A tua abordagem é sensata e dá que pensar. Provocaste bastantes reações, sinal de que o tema é quente e oportuno. Que graça com a Mona Lisa! Parecia parada no tempo e, vai daí, entrou não sei se por inveja se por enfado rssss.
    Por mim, gosto de ler o que algumas pessoas escrevem e se ficar com a ideia da sua imagem física, tanto melhor. Gostei, por exemplo, de ver a tua foto no blogue. Qual é o problema? Por vezes gostamos de saber quem fala. Por vezes leio livros fantásticos e gostaria que trouxessem a imagem do autor. Poderei ser jurássica, mas a imagem associada à palavra, deixa o quadro completo. É só a minha opinião. Publico no Facebook, sem energia tóxica. Prefiro ler o que me eleva o astral e fujo de quem chafurda na lama. Também há quem tenha imenso prazer em beliscar. Penso apenas que dizem de si, que vão definindo a sua própria imagem.
    Claro que há exageros enjoativos. Procuraremos não cair neles.
    Boa reflexão, meu amigo!
    Um beijo.

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    1. Eu também gosto de ter a ideia da imagem física de algumas pessoas, especialmente daquelas que de alguma forma admiro. Um exemplo: dias atrás revi o filme sobre a vida da compositora e cantora chilena Violeta Parra, que morreu há mais de 50 anos, e senti outra vez vontade de ver imagens dela, fotografias, registros dos lugares onde viveu e por onde passou, etc. Eu gosto muito de fotografias, o que não gosto é da banalização. A fotografia do perfil do meu blog apenas mostra quem sou eu e em um instante específico da minha vida, mas não estou aqui para ficar diariamente expondo meu rosto através de fotografias, como muitos fazem nas redes sociais. Eu também gosto de imagens associadas às palavras, inclusive é o que costumo fazer nos "posts" aqui do blog, da mesma forma que às vezes o texto não é acompanhado de uma imagem. Algumas fotografias podem ser muito interessantes, bonitas, conter um valor estético, ou poético, ou histórico, etc. E há outras que apenas revelam traços da estupidez e superficialidade mesmo. Um beijo, Teresa!

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  30. Olá!
    Como estão as coisas? Espero que bem.
    Eu andei me afastando bastante do Twitter porque eu ficava mais estressada do que relaxada, eram muitas pessoas dizendo muito e ao mesmo tempo não dizendo nada. Acho que redes sociais podem ser muito benéficas e muitos aspectos, mas é muito importante filtrar o que você precisa ou não absorver diariamente, porque elas também podem ser um mal muito grande.
    Amei tua reflexão.

    Beijão!
    Lumusiando

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    1. Oi, Maria Eduarda! Não tenho conta no Twitter, mas sei que muitas pessoas costumam ficar estressadas por lá, parecem ser controladas por uma energia bélica, deve ser realmente cansativo ficar observando gente que parece sentir prazer na desavença, na estupidez, entendo teu afastamento. Sei que há também o lado forte do bom humor, das boas trocas de ideias, mas, na minha percepção, não compensa. Essas redes podem ser, sim, benéficas, mas eu prefiro me manter distante. Beijo.

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  31. Eu tenho esses pensamentos principalmente quando vejo comentários sem noção em páginas do facebook e em reportagens, pessoas comentando palavras que nem fazem sentido, apenas porque sentem que precisam dar opinião sobre tudo, que precisam mostrar que estão participativas.

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    1. Sim, eu lembro que também tinha essas percepções quando estava lá. Sendo sincero, posso afirmar que não são muitas as pessoas que me despertam verdadeiro interesse em saber o que estão pensando!

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  32. Passei para ler e deixar-lhe um abraço-

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  33. Olá Ulisses, como você está meu amigo?

    Achei o seu texto brilhante como sempre, você tocou numa ferida atual, a superexposição que as redes sociais trouxeram e a necessidade das pessoas de exibirem uma vida feliz que muitas vezes não condiz com a sua realidade. A febre das selfies, das postagens esperando "likes", de ver a sua popularidade nas redes, é tanta bobagem e superficialidade que assusta.
    Como disse a você eu tenho algumas redes sociais, mas uso de forma moderada. O face por exemplo eu tenho utilizado pontualmente, faço postagens eventuais, parei de falar de política porque estava dando muita confusão por conta dessa polarização que tomou conta do país, posto fotos esporádicas de eventos de corrida que participo e só. No instagram pessoal quase não utilizo, só para conversar com amigos, no instagram de textos posto os meus poemas e pensamentos, assim consigo divulgar em outra plataforma. Mesmo utilizando redes sociais não me sinto refém delas e não deixo de viver por causa disso, acho que as redes sociais precisam ser úteis pra gente e não podemos ficar dependentes delas.
    Mais uma vez te dou os parabéns pelo excelente texto, acredito que você sintetizou com perfeição a falsidade que existe atrás de imagens plasticamente irretocáveis, temos que viver a vida real e deixar um pouco de lado essa vida virtual que geralmente é mentirosa.
    Um abraço!

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    1. Oi, Alécio! O problema é quando a gente começa a cair na cilada de medir o valor que a gente tem para os outros e principalmente para a gente mesmo através de números, números de seguidores, números de curtidas, "likes", o problema é (se permitir) ser parte de contagem de "cabeças de gado" ou começar a viver como num açougue humano. Um abraço!

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