18 de novembro de 2020

Violeta Parra



há dois bons filmes sobre a vida e a obra da cantora, compositora, artista plástica e folclorista chilena Violeta Parra (1917 - 1967). um deles é um documentário intitulado Viola Chilensis, de 2003, dirigido por Luis R. Vera (com depoimentos, entre outros, de Eduardo e Lautaro Parra, irmãos de Violeta, dos filhos, da neta Tita Parra, do bisneto Antar Parra, da escritora peruana naturalizada chilena Isabel Allende, da cantora argentina Mercedes Sosa, da pintora espanhola Roser Bru, da escritora e crítica de arte francesa Magdeleine Brumagne, do cantor, compositor e violonista uruguaio Daniel Viglietti, do cantor e músico espanhol Paco Ibáñez, do cantor, compositor e poeta cubano Silvio Rodríguez, do poeta e tradutor brasileiro Thiago de Mello) e o outro intitulado Violeta foi para o céu (Violeta se fue a los cielos), de 2011, um longa-metragem (de produção chilena, brasileira e argentina) dirigido por Andrés Wood, com roteiro escrito em parceria com Eliseo Altunaga, Rodrigo Bazaes e Guillermo Calderón (que reconstrói a trajetória de Violeta a partir de flashbacks fragmentados e fora de ordem cronológica) e baseado no livro homônimo de Ángel Parra, filho de Violeta. ambos os filmes estão disponíveis no YouTube. 

"A explosão deve ter sido ouvida de longe. Final drástico de todos os seus tormentos. Drástico. Como gostava ela das coisas. Através desse pequeno orifício se foi a vida. E, com ela, os pássaros azuis e vermelhos, disse Atahualpa, meu velho mestre. Já não lhe cabiam na alma. Por esse pequeno orifício entrou para a História. Lágrimas intermitentes e dois sentimentos. Alegria por sua libertação, tristeza por sua ausência que, pensei, seria definitiva. Erro, desde esse dia sua presença não deixou de me acompanhar. Mãe fundadora de povoados, adiante de seu tempo, em permanente progresso e movimento. Os homens temiam essa força esmagadora com que transitou pela vida. Por essa razão a postergaram, tramitavam e mentiam. Bloqueavam-lhe o caminho com dificuldades porque era livre, ousada, valente. Insolente, certo, com aqueles que mereciam. Em minha memória está guardado, como um tesouro enterrado em outros tempos, o que quero contar. Simplesmente vivências e recordações. Momentos de privilégio da mão de minha mãe, enquanto filho homem. Apenas. As declarações de amor são válidas no momento em que são feitas. Estas são as minhas." Ángel Parra - no livro Violeta se fue a los cielos.

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compartilho aqui um curta-metragem de animação lindo e poético, Cantar con Sentido, Una biografía de Violeta Parra, que descobri recentemente ao procurar por vídeos sobre a Violeta (o curta-metragem de animação é de 2017, mas foi disponibilizado no YouTube a partir de março de 2020). aqui está:




direção: Leonardo Beltrán
direção de arte: Cecilia Toro
produção geral: Pablo Greene
assistência de direção: Claudia Huaiquimilla
montagem: Claudia Huaiquimilla e Leonardo Beltrán
animação: Enrique Ortega
fotografia: Vicente Vergara
música: Raimundo Santander
projeto museugráfico: Militza Agusti
com a colaboração de Las Bordadoras de Copiulemu

Cantar con Sentido é uma biografia exibida permanentemente no museu Casa Natal de Violeta Parra, em San Carlos, Chile. 

17 de novembro de 2020

Bolsonaro canta I Will Survive

 
Boçalnara Gaynor


voz: Phillipe McKagan Berlinck
edição, criação e culpa: Bruno Sartori


3 de novembro de 2020

algumas páginas: Leminski















































Toda poesia/ Paulo Leminski
1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013.