é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa e pondera;
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
(poema de Ferreira Gullar
na voz de Adriana Calcanhotto)
Olá, Ulisses!
ResponderExcluirComo gosto desse poema... não conhecia na voz de Adriana Calcanhoto.
Publiquei o poema no blog de fotografias como parte da postagem "Ditadura Nunca Mais.
Um abraço e tudo de excelente, se for possível, nesses tempos de pouca luz!
Há muito tempo que eu também gosto muito desse poema. Ele foi musicado pelo Fagner muitos anos atrás, mas eu prefiro na voz da Adriana. Eu vi tua postagem, comentei por lá, e sim, ditadura nunca mais, ao menos assim esperamos, diferente dessas pessoas que celebram esse momento obscuro da nossa história. Eu discordo do modo como o Gullar, autor do poema, passou a se posicionar politicamente em seus últimos anos de vida, mas com certeza foi um grande poeta, e esse poema é apenas um exemplo. Abraço, Sandra!
ExcluirConocer todas nuestras partes y lograr que se entiendan. Tal vez en eso consista la vida.
ResponderExcluirBonito poema (canción)
Beijos, Ulisses
Así es, Alís, estoy de acuerdo. Muchas gracias, beijos para ti também.
ExcluirAdorei ouvir e ler. Lindo poema que fala tanto!! abraços, ótima semana! chica
ResponderExcluirObrigado, Chica, ótimo final de semana e abraços para ti também!
ExcluirMaravilha de puro lirismo ...
ResponderExcluirSim, uma maravilha!
ExcluirHá séculos que não ouvia Adriana Calcanhoto...
ResponderExcluirÉ sempre bom!
ExcluirOlá, Ulisses!
ResponderExcluirHá quanto tempo! Bom ler e ouvir aquilo que postas.
"Traduzir-se" sempre é difícil, mas vale a pena. Será que conseguimos? Provavelmente, precisamos de paciência, inteligência e de muita "arte e engenho".
Gostei mto da paradoxalidade do poema, cujo autor não conhecia.
Adriano Calcanhoto, um ícone da MPB. Como sempre, interpreta, a seu jeito, suavemente.
Beijos e bom mês de abril.
Oi, Céu, que bom que gostas. Sim, traduzir-se é muitas vezes complicado, às vezes acontece de outra pessoa fazer isso por nós, como é o caso desse poema para mim - e acho que para quase todo mundo, afinal todos somos feitos de tantas partes, não é mesmo? E partes distintas entre si, algumas mais evidentes do que outras, mas juntas formando totalidades. Bom abril para ti também, beijos.
ExcluirAdoro Adriana Calcanhoto! :) Beijinhos
ResponderExcluir--
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Eu também, Inês! Beijos. :)
ExcluirÉ tão bom quando a canção nos toca a alma e tem o dom de nos transportar para bons lugares!
ResponderExcluirGratidão também pela visita!
Um abraço carinhoso
É verdade, Tatiana, e tantas são as canções que têm essa capacidade. Obrigado, outro abraço carinhoso!
Excluiruma excelente partilha.
ResponderExcluiro poeta é necessariamente "habitado" por diversas personagens,
mas apenas alguns de dão conta.(enfim, digo eu..,)
gosto deste espaço. e dos seus comentários, sempre pertinentes, nos meus textos.
grande abraço
Que bom saber, Manuel, obrigado por teu comentário, um grande abraço para ti também.
ExcluirFico sempre fascinada a ouvir Adriana Calcanhoto *-*
ResponderExcluirEste poema é maravilhoso!
Somos dois! :)
ExcluirMe gusta la música y el poema,porque esa es la realidad de nuestra personalidad,Somos pequeñitas partes que se muestran poco a poco y van diciendo lo que somos en su totalidad
ResponderExcluirBesucos y GRACIAS por tu comentario
Gó
Es exactamente eso, muchas gracias, querida Gó, besos.
ExcluirExcelente poema numa linda voz.
ResponderExcluirAbraço
Sim, Magui! Abraço :)
ExcluirTe abrazo mientras disfruto la traduccion de tus letras
ResponderExcluirGracias, Mucha, un abrazo y un beso!
ExcluirUlisses,
ResponderExcluirQue lindo!
Gosto muito de ambos: poesia e a voz .
Bjins
CatiahoAlc.
Eu também! Beijos :)
ExcluirBonito poema...Que difícil es traducir-te...pero aqui estoy para leer-te y dejarte saludos amigo .
ResponderExcluirSomos todos hechos de muchas partes. Gracias, Sandra, besos.
ExcluirA dualidade do ser num poema maravilhoso e uma voz e canção que sempre tocam o nosso coração.
ResponderExcluirBom fim de semana
Um abraço
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Sim! Bom fim de semana, Maria, outro abraço!
ExcluirBelíssimo poema numa linda voz! Gosto muito de Adriana Calcanhotto.
ResponderExcluirBom fim de semana.
Um abraço.
Eu também, Amélia, e te desejo o mesmo, um abraço!
ExcluirBem hajam as ambivalências. As indefinições. As contradições.
ResponderExcluirSermos e não sermos, simultaneamente.
Que riqueza isso traz!
Sim! Se quiserem nos classificar, que seja de inclassificáveis. ;
ExcluirGosto da forma como flui este "traduzir-se" na voz doce de Adriana Calcanhoto.
ResponderExcluirÉ verdade que tentamos traduzir-nos em momentos e circunstâncias, sendo nós mesmos.
Beijo, amigo Ulisses.
Eu também gosto, Teresa, muito, um beijo!
ExcluirGostei imenso de ouvir o magnífico poema de Ferreira Gullar
ResponderExcluirna lindíssima voz de Adriana Calcanhotto. Obrigada pela partilha.
Uma boa semana.
Um beijo.
Que bom saber, Graça, e eu te agradeço por teu comentário, é sempre um prazer te ver por aqui, um beijo!
ExcluirOlá, Ulisses!
ResponderExcluirTudo bem?
Não tenho visto postagens novas, então vou aproveitar e reler alguns textos.
Volta logo, amigo!
Um abraço.
Oi, Sandra, tudo bem, sim, passei lá e te deixei algumas palavras! Abraço.
ExcluirUm poema que não conhecia... na bonita voz de Adriana!...
ResponderExcluirAdorei esta dupla perfeita, neste magnifico tema musical!
Belíssima partilha, Ulisses!
Beijinhos
Ana
Obrigado por teu comentário, Ana, beijos!
ExcluirHá partes de nós que são antagónicas, outras que se complementam.
ResponderExcluirBoa semana!
Beijos.
Un placer visitarte. Volveré a este lindo blog. Saludos
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