mais um poema meu foi publicado no jornal Zero Hora (quarta-feira, dia 5),
dessa vez o poema "dos devires":
nada é.
tudo está.
as chagas, as árvores,
as fachadas das casas,
das igrejas,
os lençóis sujos dos puteiros,
a saliva dos monges,
as línguas bifurcadas das cobras,
dos seres vivos
à matéria inorgânica,
tudo denuncia
a passagem do tempo:
existir é transmutar.
Cada um, e cada coisa... é como é...
ResponderExcluirTalvez um dia... o mundo se tolere, a si mesmo... e se permita a uma existência mais pacífica...
Um excelente poema! Muitos parabéns, pelo destaque!
Continuação de muito sucesso, para os seus trabalhos, Ulisses!
Tudo de bom! Abraço!
Ana
Tudo de bom pra ti também, Ana, obrigado, outro abraço.
ExcluirLinda tua poesia e que bom estar no nosso jornal Z Hora! Parabéns! abraços, chica
ResponderExcluirObrigado, Chica, sempre cheia de gentileza, abraços pra ti também.
ExcluirDando os ares no jornal mais uma vez!!! Lembro de quando uns anos atrás foi publicado pela primeira vez um poema seu no jornal, na época você ainda mantinha o outro blog e aquela coluna naquele site de literatura que era muito bom, só gente talentosa por lá.
ResponderExcluirSei que o jornal Zero Hora é um dos maiores jornais de circulação diária do Brasil, mas você por acaso faz ideia de qual a média de tiragem em um dia? Independente dessa curiosidade, muita gente com certeza leu seu poema, e é como eu já disse pra você, às vezes com pouco você diz muito, excelente mesmo o poema, Ulisses. "nada é. tudo está. existir é transmutar."
Não faço a menor ideia sobre a tiragem, Fábio, mas suponho que seja grande, pois de fato é um dos maiores jornais do país. Tua memória é mesmo boa, hein? Faz tempo isso! Valeu, Fábio, abraços. :)
ExcluirMais uma maravilhosa poesia... uma constatação da fria realidade!
ResponderExcluirPrecisamos de mais poetas como você, caro amigo...
Um abraço!
Uma questão de perspectivas sobre a realidade. Obrigado, Sandra, abraços!
ExcluirDevia haver mais poesia nos jornais.
ResponderExcluirSim!
ExcluirNada existe sem mudança...
ResponderExcluirO poema é excelente, acho que mesmo para quem não está acostumado a ler poesia. Por isso, a publicação do seu poema no jornal terá reflexos positivos.
Parabéns.
Caro Ulisses, continuação de boa semana.
Abraço.
Muito obrigado, Jaime, outro abraço.
ExcluirA passagem do tempo é inevitável para todos e tudo.
ResponderExcluirBelíssimo poema.
Um abraço
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Sim! Obrigado, Maria, um outro abraço.
ExcluirIsso é maravilhoso, muitos parabéns!
ResponderExcluirQue poema fantástico *-*
r: Sim, é curioso constatar todas essas diferenças
Adorei, a obra é genial - pelo menos, os primeiros três livros/filmes
Valeu, Andreia! :)
ExcluirP.S. Por acaso, não me importaria de trabalhar numa livraria :)
ResponderExcluirTrabalhei em uma livraria dentro de um centro cultural em São Paulo (morei lá durante um bom tempo) em que havia uma grande galeria de arte também, foi uma época muito boa para conhecer os mais diversos tipos de gente, além de estar rodeado diariamente pelos mais diversos tipos de livros!
Excluirhá alguns anos, numa disciplina do curso de letras (acho que era 'fundamentos filosóficos da educação), o professor sempre repetia os dois primeiros versos do teu poema. eu internalizei tanto essa ideia (talvez fato) que não consigo escrever, pensar ou dizer alguma coisa que "sou" sem refletir muito antes. também não esqueço do Heráclito do ensino médio que se resumia a falar sobre a água que não passa de novo no mesmo rio.
ResponderExcluirengraçado como o efeito desse pensamento em nós pode ser diverso dependendo da nossa fase. mas geralmente tendo a gostar dessa sensação mutabilidade. ou não hahah
(a gente é acúmulo?)
(resistir também é estar num jornal impresso por esses dias! te admiro.)
beijos
Essas duas pequenas frases são, para mim, quase como uma espécie de mantra. Lembro também do que Heráclito escreveu, é uma boa ligação com essa ideia. E sim, eu gosto dessa sensação - independente dos nossos quereres, essa mutabilidade existe.
ExcluirSe a gente é acúmulo?
... só carrego mais ao fundo
a poeira das sujeiras
dos submundos das bagagens.
E em um país - talvez em um mundo - onde as pessoas em geral "cagam pra poesia", como disse uma vez a Hilda Hilst, resistir também pode ser isso.
Obrigado, Maria, beijos.
que incrível que saiu no jornal! sempre quis!
ResponderExcluir:)
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