(imagem: Suite de Ideias)
hoje, dia 14 de março de 2019, os assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam um ano. dias atrás foram presos dois suspeitos dos assassinatos, mas as perguntas seguem sem respostas: quem mandou matar Marielle? por quê?
deixo aqui dois dos 50 poemas que integram a antologia Um girassol nos teus cabelos - poemas para Marielle Franco (Quintal Edições, 2018), organizada pelo Mulherio das Letras, com curadoria de Cidinha da Silva, Eliana Mara e Marilia Kubota, orelha assinada por Áurea Carolina e ilustração de capa de Iêda Carvalho:
Turmalina
mar revolto
mar envolto
de luto
e luta
lança ao mar
a morta
a viva mira
a turmalina
à tona
do mar turvo
tumulto
das olas do mar
tragando o tronco da morta
as marolas lavam
lambem a lã na testa
o último toque
à vista da viva
mareja o olho
lacrimeja a pálpebra
ao longe avista
a costa pálida
capitaneia o espírito
de quem viverá
livre um dia
mareada
margeada
por empecilhos
marginalizada
mas maravilhada
alada lá no alto
até que atocaiada
emboscada
executada
transmutada
em tantas mais
marias meninas mulheres
tantas outras elas
apelidadas marielles
Divanize Carbonieri
***
Dentro e além deste poema
A morte não conduz ao silêncio
Mas engendra e fortalece o grito:
Marielle presente!
Agora, sempre!
Anna Apolinário
Poesia linda e uma data triste. Não adianta apenas prender os supostos...É preciso saber QUEM MANDOU, QUEM ESTÁ por trás disso! Será vamos ver? Ou ficaremos nas coincidências apenas?????????? abraços, chica
ResponderExcluirO tempo voa :o
ResponderExcluirEstes poemas estão arrebatadores!
Faço minhas as palavras de Anna Apolinário "Marielle presente! Agora, sempre!"
ResponderExcluirAbraço
La muerte no deja silencios amiguco,nunca y menos de los asesinados
ResponderExcluirQué barbarie hacen los hombres !!!
Somos tan poco humanos...Y lo peor es el silencio de los asesinos
Me gustan los poemas y la fotografía.Y todas esas mujeres que han escrito sobre ella
Siempre viva!!
Muy agradable leerlo,
Besucos
Gó
Hermosa poesía, y que día tan triste, saludos amigo.
ResponderExcluirQuem mandou matar a Marielle ??? uma pergunta que incomoda algumas pessoas, mas espero que se venha a descobrir, aproveito para desejar um bom fim-de-semana.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Marielle presente
ResponderExcluirUm abraço, meu amigo!
Lindíssima poesia...
ResponderExcluirEs un placer pasar por tu blog.
ResponderExcluirTe paso el mio por si quieres criticar.
Gracias.
https://anna-historias.blogspot.com/2019/03/per-tot-arreu-tespero.html?m=1
A morte não conduz ao silêncio
ResponderExcluirContundente este verso, que resume en mi opinión el espíritu de ambos poemas.
Un abrazo grande, Ulisses, e um beijo
A primeira vez que ouvi falar foi numa entrevista sobre o simbolismo da autora: que simboliza a luta das minorias por uma vida melhor, que simboliza as lutadoras e foi assassinada. Ao que parece é um símbolo no Brasil para quem pertence a uma minoria... Bom fim de semana
ResponderExcluirUma pergunta que fica no ar.
ResponderExcluirBom final de semana!
Jovem Jornalista
Fanpage
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Mareille presente!
ResponderExcluirAgora e sempre!
É mesmo isso!
Que bom que não nos contentamos com a prisão dos peões... Acho que já tá claro que continuamos querendo respostas.
ResponderExcluirMarielle presente!
ResponderExcluirAgora, sempre!
Belo poema que mantém viva a luta de Marielle!
ResponderExcluirBeijinhos, Ulisses.
Uma forma muito bela e tocante, de homenagear e assinalar o primeiro aniversário da sua morte... já que a sua vida, e as suas verdades... incomodaria a alguns... que desejariam na altura... subir mais alto...
ResponderExcluirBeijinho
Ana
Grande Mulher de Grandes Causas, assassinada por isso mesmo! Quem diz a verdade, quem faz o bem é decapitado, não convém! Quanto mais corrupto, mais aplaudido! Que mundo perverso e invertido.
ResponderExcluirBeijo
Marielle vive, a contragosto daqueles que pensaram ser capazes de calar a sua voz. Hoje, Marielle está mais viva do que nunca!
ResponderExcluirUm abração, Ulisses.