montes de dinheiro, roupas de marcas caras, mansão, carrão, o tangível no aumentativo, arroto de caviar, veuve clicquot ou dom pérignon, alarde de diplomas, nutrição de flor de umbigo em rede social, barrigas chapadas em egos inflados, desfile de riqueza material, qualquer coisa com a qual o capiroto da ganância possa querer nos seduzir em troca das nossas almas, etc. e tal, nada disso me impressiona. impressionante mesmo, para mim, é quem enxerga além do que é palpável, descobre universos nas miudezas, no ínfimo e no grandioso da natureza, a Floresta Amazônica, o sol, é quem mostra também as próprias sombras, os anéis de Saturno, a luz da lua sobre o mar, as estrelas, aurora boreal, as pedras de Torres, a Praia da Guarita, da Cal, Machu Picchu no topo de uma montanha, o chão e o céu do Deserto de Atacama, do Saara, do Salar de Uyuni, o lago Titicaca, a branca imensidão da Antártida, da Groenlândia, a chuva, os raios, o voo dos pássaros, os olhos das corujas, dos lobos, dos peixes, a sobriedade elegante dos gatos, a força e o instinto de coletividade das formigas, das abelhas, a pureza do meu cachorro, dos outros cachorros, os bichos todos, pois não precisam de filosofia, banho de loja, sabem a que vieram e não se perguntam de onde e por quê. afinal, como disse José Saramago, "o instinto serve melhor aos bichos do que a razão serve aos seres humanos."
(curtindo o sol)
Tu citas uma das frases mais inteligentes do nosso Nobel. O teu texto é excelente e muitíssimo adequado na época do Natal 🌲 ou, mais precisamente, em todas as épocas do ano.
ResponderExcluirBeijinho de Düsseldorf 💚
Obrigado, Temira, e penso que, pelo menos para mim, serve para todas as épocas do ano! Um beijo. :)
ExcluirMuy cierto!!,En la humildad de la Naturaleza debemos de desenvolvernos
ResponderExcluirLA flor brota y no lo hace para nadie en especial,sólo brota!
Besucos
Gó
Es verdad, Gó, una hermosa verdad. Besos.
ExcluirSempre c0om textos lúcidos e acertados! Mais um! Obrigadão por participar lá no SEMENTES...Coloquei teu nome e link! abração,chica
ResponderExcluirObrigado, Chica, abração para ti também!
ExcluirOlá, Ulisses!
ResponderExcluirNesta época de consumismo desenfreado a tua frase é super conveniente! E soubeste ligá-la muito bem ao último parágrafo da frase de José Saramago proferida num programa televisivo, em 1997, que começa assim: "Somo os únicos animais cruéis que existem sobre a face da Terra. "
Abraço, bom domingo!
Oi, Teresa! Eu vi parte dessa entrevista, gosto muita da frase porque traduz de maneira concisa o que penso (e o que a realidade muitas vezes nos mostra). Um abraço!
ExcluirConcordo plenamente com o seu texto amigo Ulisses e por vezes basta só termos atenção ao que nos rodeia para nos sentirmos verdadeiramente agradecidos por estarmos vivos.
ResponderExcluirConcordo com o José Saramago.
Um abraço, bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Ainda que ao redor de qualquer pessoa do mundo existam sempre algumas realidades espinhosas (violências, ou ignorâncias, ou natureza sendo maltratada, acabada, ou gente e bichos passando fome, etc.), acho que é bem por aí, Francisco! Abraço.
ExcluirRefere sítios que eu adoraria conhecer.
ResponderExcluirAbraço
Há tantos lugares espetaculares no mundo! Abraço.
ExcluirÉ fácil a gente aparentar o que quiser através da internet, certo? Na internet as vidas são editadas, expomos somente aquilo que quisermos, e em geral as pessoas expõem somente suas luzes, o lado bom, mas quem te conhece pessoalmente, Ulisses, mesmo que tenha acabado de te conhecer, sabe que você é exatamente como se mostra nesse texto, e em tantos outros, a sua simplicidade é algo admirável, o seu modo de ver a natureza, os animais, "o que vale mais". Assino embaixo do texto. E o seu cachorro continua lindo! Abraços.
ResponderExcluirSim! Em geral é isso mesmo! É bem mais fácil para qualquer um aparentar o que quiser através da vida editada na internet. Obrigado, Fábio, e ele continua lindo mesmo, ficando véinho já! Abraços!
ExcluirOla amigo Ulisses, um grito, um desabafo em tempo, para fazer olhar para dentro.
ResponderExcluirUm texto para expor o lixo da mente humana(sic) tão deteriorada pela mesmice e consumismo desenfreado e atada às tranqueiras materiais, que nada agregam ao ser.
Belo texto e o fechamento foi de uma felicidade enorme.
Meu abraço amigo e feliz semana.
Obrigado, Toninho, e uma das felicidades enormes para mim é poder observar a existência do meu cachorro (e de tantos outros bichos)! Um abraço.
ExcluirVale mas la sencillez. la humildad que todo el oro del mundo. Saludos amigo Ulises.
ResponderExcluirAsí es, Sandra (al menos para mí). Saludos.
ExcluirImportante para mim é ler um texto onde a lucidez se impõe. Parabéns!
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Obrigado por tuas palavras, Graça, que prazer poder te ver sempre aqui! Um beijo.
ExcluirConfesso que vacilei com o "veuve clicquot", o meu champanhe favorito!!!
ResponderExcluirAhahahahah
(que acho só ter bebido duas vezes na vida... - estou perdoada?)
:)
Quem sou eu (principalmente quando se trata de gostos e prioridades) para perdoar ou não perdoar alguém? O que expus no texto é o que vale mais para mim. E, se for para beber, prefiro uma cerveja ou uma caipirinha de cachaça mesmo! ;
Excluir:)
ExcluirQuando vi a tua resposta ontem fiquei a pensar numa questão. As diferenças de classes que em Portugal são menos marcadas do que no Brasil. Mas... mesmo assim dar 50€ (230 reais - mais ou menos 1/4 do ordenado mínimo do Brasil penso) por uma garrafa de champanhe é para mim exagerado (por isso nunca o beber).
Onde eu "não me importo" de gastar dinheiro é em viagens - isso sim é que me enriquece.
E acompanho-te numa cerveja!
Tchim! Tchim!
É como eu havia escrito, uma questão de prioridades (e também de possibilidades). Bebamos umas cervejas! :)
ExcluirE até comovente teu texto ao realçar o valor das pequenas coisas, a supremacia dos valores e dos sentimentos.
ResponderExcluirÉ sempre um prazer ler-te, caro amigo Ulisses.
Beijos,
E é sempre um prazer ler tuas palavras gentis, Teresa, beijos.
ExcluirRazón tiene Saramago, pero nos tiene jodidos, esa ansiedad consumista, competitiva y de acumulación del capital que se ha hecho más febril con el neoliberalismo. Un abrazo. Carlos
ResponderExcluirTengo muchos defectos, como todos tienen defectos, pero afortunadamente no tengo este defecto, Carlos, estas no son las cosas que me seducen. Un abrazo.
ExcluirEs que a veces las razones o tener la razón, no sirven de nada.
ResponderExcluirLo de tener instinto o no tenerlo ya es otra cosa.
Y cuando no se tiene nada de todo esto, lo mejor es cerrar los ojos (como tu perro) y que sea lo que Dios* quiera.
* Cito a Dios porque es una frase hecha no porque confíe en él.
Beso y abrazo.
La verdad es que con nuestra razón a veces hacemos mucha estupidez en este mundo.
ExcluirBeso y abrazo.
Pena que os homens não compreendam a complexidade da simplicidade. Nesta correria que subtrai qualidade de vida, levados e embrutecidos pela "pesada" máquina do consumo/ capital , as pessoas esqueceram o que vale verdadeiramente a pena. Anestesiados pelos noticiários, manipulados por um sistema cruel, vingativo, mau, caduco, frívolo, sem nenhum valor, nem respeito por nada, a não ser a tal ganância soberba a que muitos prestam culto. O deus dos homens é obscuro, falso, mentiroso e cínico. É esse deus que a humanidade adora; ou não teríamos o punho selvagem da corrupção a ganhar cada vez mais terreno. A destruir a natureza da qual fazemos parte, intrinsecamente ligados à terra! E o amor? E os afectos? E a alegria? E mais e mais........
ResponderExcluirBoa seleção! Tem muito que se lhe diga!
Gostei muito!
Abraço
Abraço
Porque o deus da maioria é, na verdade, o dinheiro, e não somente aqui, é claro, mas aqui no Brasil isso tem estado bem evidente, a começar pelo presidente do país e sua família, por exemplo, além de muitos dos que os elegeram. Obrigado, um abraço!
ExcluirMais um belo e lúcido texto que realça o valor das coisas que a muita gente passa ao lado, só pensam e olham para eles e o resto...
ResponderExcluirRazão tinha José Saramago.
Continuação de boa semana
Um abraço.
Sim, Amélia, nesse caso era alguém que tinha razão falando sobre a razão. Obrigado, um abraço.
ExcluirAcho que ter coisas demais ou muita ambição por status e objetos diminui a importância de viver as coisas naturais. Não sei se eu teria esse pensamento se fosse rica, porém por ser pobre, acho que se ganhasse na loteria ia preferir gastar dinheiro viajando e conhecendo os lugares, do que comprando objetos de ostentação
ResponderExcluirSe ganhasse na loteria eu também iria gastar, uma grande parte, viajando e conhecendo lugares, iria dar uma parte para algumas (poucas) pessoas próximas e para muitas desconhecidas, as que realmente merecem e precisam, e também iria ajudar, de algumas formas, os bichos, principalmente!
ExcluirUm texto louvável!
ResponderExcluirGracias, Andreia.
ExcluirOlá, Ulisses!
ResponderExcluirTexto apropriado para esse tempo "natalino", quando se multiplica o desejo por consumir desesperadamente qualquer coisa . Os dias
seguintes às festas tem cara de luto, no meu ponto de vista, óbvio... não vejo graça nenhuma nessas festas e não participo de nenhuma delas, durmo antes da meia noite, sempre!
Sobre ganância te deixo essas palavras de sabedoria:
"A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam; sim, quatro que não dizem: Basta! Elas são a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta!” (Provérbios 30:15,16).
Um abraço
Oi, Sandra! Embora eu não tenha escrito pensando especificamente nesse "tempo natalino", as pessoas acabaram associando ao Natal, o que não deixa de fazer muito sentido. Para mim, o Natal não tem mais o significado que costumava ter na infância, hoje em dia sou mais como tu nesse aspecto (aliás, já te disse que me identifico contigo em alguns aspectos), sobre esse tipo de comemorações. Já passei a virada do ano, por exemplo, ficando na praia até depois de o sol nascer sobre o mar, e também, como na última virada, em casa dormindo! Não conhecia esse trecho citado, dá pano para manga! Um abraço.
ExcluirOlá Ulisses
ResponderExcluirBela reflexão, o que faz sentido mesmo são as coisas simples da vida. A criação de Deus é magnifica: o mar, os animais, o sol, as estrelas, etc. O seu cachorrinho é lindo, aprendemos muito com eles. Um abraço.
Obrigado, Lucinalva. E ele é lindo mesmo, realmente aprendo muito com ele (e com os bichos em geral). Abraço.
ExcluirCompletamente a favor, Ulisses.
ResponderExcluir¿En dónde está la ventanilla para asociarme al club de Ulisses? Muy bueno!
Se que voy a encontrar muchas coincidencias, voy a verme reflejado en el espejo de este sitio.
La banda de rock de acá llamada La Renga en una canción cantan:
Si del principio hubiera aprendido a ser un animal
hoy tendría un instinto noble a cambio de esta pena
Que puede darse la mano con Saramago (a quien por suerte he leído bastante)
Hermosa la foto del perro al sol
Abrazos!
Hola, Frodo, cuando creé este blog elegí no tener ese espacio donde están los seguidores, pero puedes enviarme comentarios si lo deseas, tal como te lo enviaré. Realmente me gustó la frase que citó y ciertamente es posible establecer un paralelismo con lo que dijo Saramago. Gracias por tu comentario, mi perro es una de las mayores alegrías de mi vida. ¡Abrazos!
ExcluirMuito bom o texto!
ResponderExcluirAdequado a esta época e a todo o ano!
Beijinhos
Obrigado, Micaela, beijos!
ExcluirUma brilhante reflexão e retrato do mundo... que valoriza coisas... que realmente... pouca importância têm... e desvaloriza... o que sempre teve tudo para ser absolutamente admirável, e verdadeiramente precioso!...
ResponderExcluirAdorei cada palavra, Ulisses! Beijinho
Ana
Que bom saber, Ana, muito obrigado! Um beijo.
ExcluirO que importa mais é, de facto, a genuinidade e não os artificialismos!
ResponderExcluirBeijos.