não me defino.
ninguém pode nos definir.
nenhuma palavra
alcança-me por inteiro.
se quiserem me classificar,
que seja de inclassificável.
sou múltiplo, simples,
complicado, variável...
se tento cristalizar uma parte minha,
imediatamente uma outra me escapa.
portanto, não me resumo,
ainda que, às vezes,
goste de ir direto ao ponto.
no entanto, posso me encher de vírgulas,
afinal, quem não é cheio de entretantos?
(imagem: Violeta Parra)
Que bom voltar a te ler, meu querido amigo... Que saudades de ti...
ResponderExcluirAh! E que show essa imagem!
Esse é daqueles poemas que eu acho que qualquer pessoa que ler vai de alguma forma se identificar, "afinal, quem não é cheio de entretantos?", adorei o poema, gostei muito mesmo.
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