16 de setembro de 2018

misturado aos ventos

disseram-me:
abandone velhas questões
(um vestir roupas novas
sobre o igual de dentro)
abandone livros
de páginas amarelas

para expirar
versos antigos
que inspiram
encontre respostas
através do que nasce
como palavras novas
verbos jamais ouvidos

(todas as coisas
trago vivas em mim dentro
como se nunca datadas)

interessa-me mais:
o que resiste além da matéria
um tipo de fotografia
livre do tempo
em preto e branco
sépia ou mais colorida
como um papel já visto
que não se destina
ao engavetamento.




8 comentários:

  1. Gostei muito do novo blog, Ulisses. Bom saber que a partir de agora vai ser possível ler seus textos por aqui, gosto muito do que você escreve, você sabe, com certeza vou passar por aqui sempre, abraço!

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    1. Valeu, Fábio, bom te ver por aqui, e serás sempre bem-vindo! Mi casa, su casa. Outro abraço!

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  2. E o passado é uma roupa que não nos serve mais. (Belchior)

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    1. me imagine juntando as mãos pra formar um coraçãozinho pra essa música, pro Belchior, pra Elis cantando também e pra ti.

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  3. Entre tantos, este poema desperta ao som de novos ventos. Na verdade, amei.

    Beijo.

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    1. Que bom saber, Teresa, obrigado, e outro beijo.

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  4. Encontremos respostas e versos para dar novo sabor ao viver!!!

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